Alexandre B. Cunha
Introdução
Provavelmente o Senado decidirá até o final deste mês se a Sra. Dilma Rousseff será ou não definitivamente afastada da Presidência da República. É essencial que ela não retorne ao posto. Dentre outros motivos para tanto, ela é comprovadamente incapaz de exercer de forma minimamente eficaz qualquer função gerencial. De fato, conforme será estabelecido neste breve texto, ao longo da sua vida a Sra. Dilma Rousseff construiu um incontestável histórico de incompetência.
Está mais do que provado que Dilma cometeu vários crimes de responsabilidade. Assim sendo, uma possível condenação sua estará mais do que fundamentada sob o ponto de vista jurídico. Porém, o julgamento a ser realizado pelo Senado também tem um caráter político. Desta forma, os parlamentares têm a opção de absolvê-la caso acreditem que o seu retorno ao cargo atende aos interesses do país. Logo, há que se deixar claro que a volta de Dilma à presidência seria algo absolutamente ruinoso para a nação.
O seu retorno ao Palácio do Planalto seria, por diversos motivos, um total desastre. Por exemplo, a sua volta abriria portas para novas interferências do Poder Executivo nas investigações e demais procedimentos da Lava Jato. Adicionalmente, o projeto de poder esquerdista/socialista/bolivariano/etc ganharia novo fôlego no Brasil e possivelmente no resto da América Latina. E, quando se fala em tal projeto de poder, também se está falando na ‘corrupção companheira’.
Evidentemente, os esquerdistas declarados e os ‘isentões’ (os quais não passam de esquerdistas enrustidos) alegarão que os argumentos listados acima são “fantasiosos” e não passam de invenções de “direitistas raivosos”. Afinal de contas, “todo mundo sabe” que “o comunismo acabou após a queda do Muro de Berlim”, “a corrupção está em todos os lugares”, “o Foro de São Paulo é uma organização que somente promove debates”, blá-blá-blá. Porém, existe um motivo do qual a afastada e os seus apoiadores (declarados e enrustidos) não têm como escapar: a ampla e repetidamente demonstrada incompetência da Sra. Dilma Rousseff.
Pão & Circo: a lojinha de R$ 1,99
Em fevereiro de 1995, Dilma abriu uma loja chamada Pão & Circo em Porto Alegre. O empreendimento importava mercadorias do Panamá e as revendia para os consumidores gaúchos. Segundo um dos comerciantes vizinhos, “A gente esperava uma loja com artigos diferenciados, mas, quando ela abriu, era tipo R$ 1,99. Eram uns cacarecos”. Já outro afirmou que “A loja era mal-acabada, com divisórias de tábua, um troço rústico. E, claro, não entrava ninguém ali”.
A nossa afastada predileta não foi exatamente bem-sucedida na empreitada. A incapacidade da ex-terrorista marxista-leninista de extrair mais-valia dos seus empregados fez com que a loja encerrasse as suas atividades em julho de 1996. A empresa foi oficialmente extinta em dezembro de 1998. Se o leitor deseja informações adicionais sobre o ‘sucesso’ da afastada na iniciativa privada, poderá consultar reportagens da Folha de São de Saulo e da Isto É ou acessar esses resultados de uma busca no Google.
Tomado isoladamente, este episódio não é suficiente para estabelecer que Dilma é incapaz de exercer funções gerenciais. Afinal de contas, não se pode descartar a possibilidade de que em momentos posteriores a afastada tenha sido bem-sucedida profissionalmente. Porém, conforme veremos, Pão & Circo foi tão somente o primeiro passo de uma ruinosa jornada repleta de descalabros administrativos e prejuízos financeiros.
Termogaúcha: US$ 57,2 milhões descem pelo ralo
De 2000 até 2002, a Sra. Dilma Rousseff foi secretária estadual de Minas e Energia do Rio Grande do Sul. Nesse ínterim, a afastada ocupou a chefia do conselho de administração da CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica). Desnecessário dizer que ela estava ansiosa para aplicar as habilidades gerenciais que desenvolveu ao longo da breve saga da loja Pão & Circo.
Em 2000 Dilma participou da elaboração do projeto de uma usina termoelétrica denominada Termogaúcha. O empreendimento tinha como sócios CEEE, Petrobrás, Ipiranga e Repsol. A ‘gerentona’ autorizou a compra de turbinas para a Termogaúcha pela modesta soma de US$ 100,3 milhões. Porém, assim como muitos dos projetos do PAC, a Termogaúcha jamais saiu do papel. Resultado: em 2006 as turbinas foram vendidas por US$ 43,1 milhões. Ou seja, a aquisição das turbinas ocasionou o módico prejuízo de US$ 57,2 milhões. Não é de surpreender que os demais sócios do fracassado projeto tenham entrado na justiça contra a CEEE.
Assim como no caso anterior, o leitor que desejar ter um conhecimento mais profundo dessa grande realização da afastada poderá consultar a Folha de São de Paulo ou o Google.
O setor elétrico: Dilma queima bilhões de reais
Após a sua ‘destacada’ passagem pela Secretaria de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Dilma foi guindada à condição de ‘sumidade petista’ (como se isso fosse possível) da área de energia. Assim sendo, nada mais natural que ela fosse a primeira pessoa a comandar o Ministério das Minas e Energia no governo Lula.
Em junho de 2005 Dilma passou a chefiar a poderosa Casa Civil da Presidência da República. Deixou aquele posto em março de 2010 por exigência da legislação eleitoral, pois precisava se afastar do cargo para se candidatar à Presidência da República. Em janeiro de 2011 ela se tornou Presidente da República e somente foi afastada do cargo no último mês de maio. Durante todo esse período, seja como ministra ou como presidente, a Sra. Dilma Rousseff foi essencialmente a tzarina do setor de energia brasileiro. Nada de relevante se fazia sem a sua anuência.
É evidente que, após o ocorrido com a loja de R$ 1,99 e com a Termogaúcha, a ‘especialisPTa’ em energia tinha que destruir, e muito, durante o seu inconteste reinado. E ela efetivamente destruiu. Em setembro de 2012 o governo federal baixou a tristemente famosa medida provisória 579. Uma empresa de consultoria estimou que essa norma gerou um prejuízo de R$ 67 bilhões às empresas do setor elétrico. Para o governo federal, a perda foi da ordem de R$ 105 bilhões.
Após o longo reinado da Sra. Dilma Rousseff, a Eletrobras e o setor elétrico enfrentam uma forte crise. Infelizmente para o Brasil, a destruição orquestrada pela afastada não parou por aqui.
Petrobras: destruição via corrupção e via política de preços
É notório que a Petrobras foi severamente afetada pela roubalheira, popularmente conhecida como Petrolão, que os petistas implantaram na empresa. Como se isso não bastasse, somente durante o primeiro mandato de Dilma a empresa teve um prejuízo de aproximadamente R$ 55 bilhões em decorrência da política de reajuste dos preços da gasolina e de outros derivados de petróleo que foi imposta pelo governo federal. Assim sendo, para os objetivos deste post é suficiente relembrar os óbvios elos da afastada com o colapso de uma das maiores empresas petroleiras do mundo.
Além de ter sido a tzarina do setor de energia durante o desenrolar do Petrolão, a Sra. Dilma Rousseff foi presidente do conselho de administração da empresa do começo do governo Lula em 2003 até março de 2010. Ou seja, a afastada comandava o mais poderoso e influente órgão da Petrobras enquanto essa era dilapidada pela ‘corrupção companheira’. As principais decisões da empresa (como a compra da refinaria de Pasadena) tinham que passar pelo crivo da ‘gerentona’. Como se isso não bastasse, após assumir a Presidência da República em janeiro de 2011, Dilma passou a ter a palavra final sobre a indicação de todo e qualquer diretor da empresa e, principalmente, sobre a sua política de preços.
Não há como a afastada fugir dessa responsabilidade: ela estava presente e em posições de comando durante a destruição da Petrobras. Se o colapso da empresa fosse responsabilidade de uma única pessoa, então essa pessoa seria a Sra. Dilma Rousseff.
Conclui-se este trecho do post com um pequeno lembrete: a destruição da Petrobras não foi a única oportunidade na qual Dilma exibiu a sua incompetência no setor de petróleo. A tzarina do setor de energia desempenhou um papel importante na regulamentação do pré-sal. Os diversos equívocos ali introduzidos (por exemplo, exigência de conteúdo local e participação mandatória da Petrobras em todas as áreas de exploração) postergaram o início da produção. Como consequência, o Brasil deixou de extrair petróleo quando o seu preço estava em um patamar elevado. Como atualmente o petróleo está relativamente barato, questiona-se se a exploração das áreas do pré-sal ainda é economicamente viável. Por tal razão, o professor José Goldemberg entende que a “Petrobras perdeu uma janela de oportunidade que não se abrirá de novo”.
Brasil: a apoteose da destruição
Uma pessoa com tal histórico não poderia se contentar com pouco. Há que se ter em mente que falir uma loja de R$ 1,99, causar um grande prejuízo na CEEE, destruir o setor elétrico e dilapidar a Petrobras são coisas modestas… A ex-terrorista marxista-leninista precisava ter algo verdadeiramente portentoso para colocar no seu currículo. Afinal de contas, o mundo precisava se curvar diante da inigualável capacidade da ‘gerentona’ e ‘sumidade petista’…
Para o azar dos brasileiros, a Sra. Dilma Rousseff decidiu utilizar as suas habilidades gerenciais para fazer com que a economia do país crescesse. Resultado: o Brasil enfrenta uma das maiores crises da sua história. Provavelmente a queda do PIB será maior do que a ocorrida durante a Grande Depressão. Este ponto foi discutido em detalhes no post Nunca antes na história deste país o PIB caiu tanto. Assim sendo, a destruidora pode colocar no seu currículo que ela jogou ao chão uma das dez maiores economias do mundo – e desta vez ela não estará mentindo!
Considerações finais
A Sra. Dilma Rousseff demonstrou repetidamente ser uma gestora incompetente. Ela fundou uma loja que se mostrou inviável em menos de dois anos. Causou um grande prejuízo à estatal de energia elétrica do Rio Grande do Sul. Levou o setor elétrico brasileiro a uma profunda crise. Foi a principal responsável pelo colapso da Petrobras. Jogou a economia brasileira em uma das maiores recessões da sua história.
Por onde passou, Dilma deixou um inequívoco rastro de destruição. Por tal razão, os senadores estão obrigados a impedir que essa Sra. retorne à Presidência da República.
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