Alexandre B. Cunha
A pandemia da Covid-19 já matou milhares de pessoas; infelizmente, muitas outras ainda irão falecer. Como se isso não bastasse, a moléstia jogou as economias do Brasil, dos EUA e de diversas outras nações em uma severa recessão. Existe um responsável principal pela magnitude dessa tragédia: o governo chinês.
18o Congresso do Partido Comunista da China (novembro de 2012). Fotógrafo: desconhecido. Fonte: Wikimedia Commons/Voice of America.
O condenável comportamento do governo da China tem sido relativamente pouco discutido no Brasil. Apesar disso, existe pelo menos um bom artigo em português sobre o assunto. Por outro lado, essa questão vem sendo amplamente discutida nos EUA. Dentre os diversos textos publicados naquele país que abordam o problema, o ensaio A abrangente cronologia das mentiras da China sobre a Covid-19 (The Comprehensive Timeline of China’s COVID-19 Lies em inglês) é particularmente interessante.
Conforme o próprio título deixa claro, o texto em questão discute, de forma cronológica, as diversas ações, omissões e mentiras do governo chinês no tocante à eclosão e à disseminação do vírus. Listam-se abaixo cinco dos vários pontos levantados no artigo.
- Assim que ocorreram os primeiros casos da doença, o governo chinês silenciou um médico que alertou alguns colegas sobre o que estava acontecendo na província de Wuhan (epicentro da epidemia). Adicionalmente, as autoridades do país atuaram de forma suprimir qualquer informação relacionada à nova moléstia.
- Desde dezembro que alguns médicos em Wuhan tinham certeza que a doença era contagiosa. Apesar disso, ao longo do mês de janeiro o governo chinês afirmou repetidas vezes que não havia evidências claras de que o vírus pudesse ser transmitido de um ser humano para outro.
- O governo chinês ordenou a destruição de amostras do vírus que poderiam ser utilizadas em pesquisas científicas.
- O governo chinês demorou uma semana para tornar público que pesquisadores chineses haviam mapeado o genoma do vírus.
- Apesar de os médicos locais já saberem que a doença era contagiosa, o governo chinês permitiu que 40 mil pessoas se reunissem em Wuhan para celebrar o Ano Novo Lunar.
Se as autoridades chinesas não tivessem se comportado da maneira acima descrita, então os demais países poderiam ter ser preparado de forma muito mais eficaz para lidar com a pandemia. Logo, vidas poderiam ser salvas e possivelmente o impacto sobre a economia não seria tão forte.
Definitivamente, os líderes do Partido Comunista da China se comportaram de forma imperdoável. Porém, isso não deveria surpreender ninguém que esteja minimamente familiarizado com a extensa e trágica folha corrida dos governos socialistas.
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